Muitas são as pesquisas sobre o impacto ambiental das
atividades mineradoras. Mas as rotinas ligadas às atividades de garimpo revelam
um perigo ainda pouco discutido. Um estudo, realizado pela Cruz Verde da Suíça e o Blacksmith Institute dos Estados
Unidos, apontou os riscos dos
pequenos garimpos locais e concluiu que eles causam mais poluição do que as
grandes mineradoras em suas atividades.
A maior parte dessa poluição acontece em países de baixa
renda onde a mão de obra é mais propensa a assumir riscos para ganhar dinheiro
e a regulamentação ambiental é quase nula.
O relatório estimou ainda que as toxinas geradas pelas
atividades garimpadoras reduzem a expectativa de vida em cerca de 12,7 anos. O
resultado dessa corrida do ouro é a morte por envenenamento ou incapacitação de
cerca de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo.
Negócio perigoso
Mercúrio, chumbo e cromo estão entre as dez piores toxinas
do planeta e estão ligadas a operações específicas da atividade de garimpo e
afetam não só os trabalhadores como o meio ambiente e aqueles que têm contato
indireto com as substâncias, como moradores de comunidades próximas.
Segundo a Cruz Vermelha da Suíça, o número de mortes
causadas pela poluição é comparável ao número de mortes provocadas pelo HIV ou
a malária. O grande consumismo impulsionado pelo estilo de vida de países ricos
contribui diretamente para esse quadro. Não fosse a demanda insaciável e
crescente dessas economias, não existiriam tantos garimpos mal administrados e
clandestinos em operação pelo mundo.
A luz no fim do túnel e resultado dessa pesquisa é que a
Cruz Verde da Suíça e o Blacksmith Institute dos Estados Unidos estão
trabalhando para aumentar a conscientização dos perigos do garimpo e focando na
melhoria da situação dos postos de trabalho dos países em risco.
Fonte: Reuters
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