quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Garimpos podem mais perigosos que grandes mineradoras



Muitas são as pesquisas sobre o impacto ambiental das atividades mineradoras. Mas as rotinas ligadas às atividades de garimpo revelam um perigo ainda pouco discutido. Um estudo, realizado pela Cruz Verde da Suíça e o Blacksmith Institute dos Estados Unidos, apontou os riscos dos pequenos garimpos locais e concluiu que eles causam mais poluição do que as grandes mineradoras em suas atividades.

A maior parte dessa poluição acontece em países de baixa renda onde a mão de obra é mais propensa a assumir riscos para ganhar dinheiro e a regulamentação ambiental é quase nula.

O relatório estimou ainda que as toxinas geradas pelas atividades garimpadoras reduzem a expectativa de vida em cerca de 12,7 anos. O resultado dessa corrida do ouro é a morte por envenenamento ou incapacitação de cerca de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Negócio perigoso
Mercúrio, chumbo e cromo estão entre as dez piores toxinas do planeta e estão ligadas a operações específicas da atividade de garimpo e afetam não só os trabalhadores como o meio ambiente e aqueles que têm contato indireto com as substâncias, como moradores de comunidades próximas.

Segundo a Cruz Vermelha da Suíça, o número de mortes causadas pela poluição é comparável ao número de mortes provocadas pelo HIV ou a malária. O grande consumismo impulsionado pelo estilo de vida de países ricos contribui diretamente para esse quadro. Não fosse a demanda insaciável e crescente dessas economias, não existiriam tantos garimpos mal administrados e clandestinos em operação pelo mundo.

A luz no fim do túnel e resultado dessa pesquisa é que a Cruz Verde da Suíça e o Blacksmith Institute dos Estados Unidos estão trabalhando para aumentar a conscientização dos perigos do garimpo e focando na melhoria da situação dos postos de trabalho dos países em risco.
Fonte: Reuters

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