Um dos pontos levantados pela publicação “O acordo de Copenhague e as decisões de Cancun no contexto da Convenção do Clima” lançado nesta segunda -feira, 29 de agosto, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta que o Protocolo de Kyoto (assinado em 1997) pode não ser cumprido. Segundo o IPEA, os países em desenvolvimento, como o Brasil, em vez de reduzir, a quantidade de CO2 lançado na atmosfera, chegaram a aumentar a emissão.
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No Protocolo de Kyoto, um compromisso firmado com 37 países industrializados previa a redução de 5,2% das emissões de gases que afetam o planeta. A data limite para o cumprimento do acordo é 2012.
Na época países, como China e EUA, se recusaram a assinar o protocolo, alegando que ele poderia se prejudicial à economia. De acordo com a publicação do IPEA, é indispensável para China, Índia e Brasil repensarem suas políticas de emissão de gases.
A publicação conclui com um apelo para que, na próxima Conferência (COP17), que vai acontecer no fim deste ano em Durban, na África do Sul, seja debatido 3 temas fundamentais:
- A primeira é de ordem geopolítica e tem como base o fim da polarização entre os Estados Unidos e a China, o que pode viabilizar um novo acordo com metas ambiciosas por meio tanto da criação de barreiras comerciais como pela competitividade tecnológica.
- O segundo ponto seria a criação de sanções comerciais e leis climáticas nacionais que penalizem a importação de produtos dos países que não tenham redução de emissões reconhecidas pelas Nações Unidas.
- O terceiro caminho apontado é um confronto dirigido para a conquista de mercados internacionais, em que as lideranças econômicas mundiais poderão se engajar por um novo paradigma de concorrência via um crescimento econômico limpo, com efeitos indiretos para todos os países.
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