Segundo um levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, dez cidades paulistas podem ganhar incineradores de lixo. Esses municípios já estariam com a implantação em fase de consulta pública e de preparação de editais para a compra dos equipamentos.
Segundo Elizabeth Grimberg, coordenadora de resíduos do Instituto Polis, essa prática pode ser perigosa para o meio ambiente, já que há o risco enorme de materiais recicláveis serem queimados. A preocupação se agrava com a queima de resíduos nas máquinas de incineração que, por conseguinte, aumenta o impacto ambiental.
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De acordo com o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Nabil Bonduki, as máquinas de incineração só conseguem ser viáveis economicamente se houver queima de grandes quantidades de resíduos. Logo essa prática aumentaria o volume de resíduos produzidos pela cidade, o que não é aprovada pelo Ministério do Meio Ambiente. Segundo a Política Nacional de Resíduos, os municípios brasileiros precisam reduzir ao máximo a produção de lixo.
Controvérsias no projeto
A administração de São José dos Campos, uma das cidades que já estuda a implantação dos incineradores, a queima de lixo não prejudica a reciclagem. Segundo a Prefeitura, o processo irá reduzir em 30% as 200 mil toneladas anuais de lixo produzidas pelos 627 mil habitantes da cidade.
O projeto indica que será produzido uma usina de incineração que irá separar todo o lixo não reciclável para ir para a queima. De acordo com o projeto, a usina vai gerar aproximadamente 12 megawatts de energia, o suficiente para abastecer 30 mil residências.
O diretor da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e de Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos da Silva Filho, concorda que o país precise investir na produção de energia a partir dos resíduos descartados.
Fonte: Agência Brasil
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